CpB - agua suja

Contaminação das águas subterrâneas por nitrato

 

Cerca de ¾ da superfície terrestre é coberta de água. Sendo que desse total, 97,6% está nos oceanos e mares de água salgada e apenas 2,4% restantes é de água doce na forma de geleiras, calotas polares, etc (1,9%). Do percentual restante (0,5%), 95% é atribuído as águas subterrâneas que na maioria das vezes é a melhor forma alternativa de abastecimento de comunidades rurais através de águas de poços e fontes, tanto para o uso agrícola, uso industrial, abastecimento humano e lazer. Os fatos que os números nos mostram, dá o destaque necessário a importância desse bem natural, que se comparado as águas superficiais, prevalece.

Apesar das águas subterrâneas estarem relativamente “protegidas” no subsolo, devido a coluna de sedimentos e rochas sobrejacentes, cientistas verificaram que os mesmos estão com certos níveis de poluição vindos de proximidades como lavouras, fábricas e cidades. Há, também, poluição de aquíferos relacionada a má construção de poços profundos.

Os poluentes mais comuns de águas subterrâneas são matéria orgânica, inorgânica e material radioativo, além das bactérias e vírus. Esses contaminantes geralmente ficam armazenados no solo, porém, existe um certo limite de retenção, e quando o mesmo é quebrado, os poluentes infiltram no solo e acabam por contaminar o lençol freático.

Dando destaque para o poluente que dá tema a esse texto, o nitrato (NO3), provém principalmente como resultado da lixiviação de solos adicionados de fertilizantes nitrogenados, de efluentes urbanos, esgoto doméstico, etc. Em altas concentrações (>10mg/L) em águas potáveis pode ocasionar sérios problemas na saúde em humanos e animais, principalmente em crianças, podendo ser fatal. Nas crianças, o nitrato é convertido em nitrito (NO2), que se liga a hemoglobina presente no sangue, formando a metamoglobina, que causa a “síndrome do bebê azul”. Além disso, pode induzir o aparecimento de câncer de estômago em adultos, câncer de mama em mulheres além de linfomas. No Brasil, segundo a CONAMA, o limite máximo tolerável para águas potáveis é de 10 mg/L de NO3. Segue abaixo uma tabela com os limites máximos para alguns padrões físico-químico da água: agua suja 1

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